Zygmunt Bauman é um sociólogo polonês nascido em 1925, autor de mais de trinta obras publicadas no Brasil, dentre as quais: Amor Líquido, Globalização, Consequências Humanas e Vidas Desperdiçadas. Tornou-se conhecido por suas análises do consumismo pós-moderno e das ligações entre modernidade e holocausto.

Em seu mais famoso livro, Amor Líquido, o autor diz que o amor-próprio é resultado de ser amado, sua voz ouvida, sua opinião tornar-se importante e sua presença sentida.
Só o outro pode nos dizer se somos ou não dignos de amor…

E, se identificamos esse amor e quem nos concedeu esse sentimento, é que nos consideramos merecedores desse amor e amamos o outro.

“Amar ao próximo como ama a ti mesmo” é que está por trás da ética e moralidade. É imprescindível haver uma instância moral atuando nas definições do eu e do outro para que haja uma relação humana que seja algo mais que uma relação puramente irracional.

Na era atual, digital e globalizada, que vivemos a pura incerteza em relação ao outro, o amor nos é “negado”. É negada a dignidade de ser amado. Não há amor-próprio e não há injunções sociais que diagnostiquem ou prescrevam um remédio do amor ao próximo, fazendo dele algo fundamental na vida em sociedade.

De acordo com Bauman, nos tempos atuais, as relações entre os indivíduos nas sociedades tendem a ser menos frequentes e menos duradouras. Uma de suas citações poderia ser traduzida por “as relações escorrem pelos dedos”.

Amar o próximo não é natural – é, na verdade – algo contra nossos instintos mais básicos: por isso é o ato fundador da moralidade.

Se não estivermos atentos e com foco no que não é natural entre nós (consciência e amor…), o caminho da sociedade é a autodestruição após um longo definhamento.

Como tem sido a sua convivência com o outro? Como você está se relacionando com o amor?

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